terça-feira, 28 de maio de 2013

Principado - Hip Hop engajado nas Pastorais Sociais

Integrantes da Equipe Diocesana da Campanha da Fraternidade, agentes que lutam para reestruturação da Pastoral Afro Brasileira, e recentemente, integrantes da Pastoral Carcerária de nossa Diocese guarulhense, Isabelle (Isa Dee) e Orlando (Orlando Jay) formam o grupo Principado, onde evangelizam com o Hip Hop, usando seu elemento musical: o Rap.

Paroquianos da Santo Antônio da Vila Augusta, fundaram o Principado em 2009, mas seu trabalho foi recentemente finalizado em março desse ano, intitulado "Anjo de Deus". Nutrido de canções próprias e produzido de forma independente pela duo, somam metáforas e versículos bíblicos ao dialeto das ruas, e mesclam isso a batida seca e inconfundível do Rap para evangelização. Com esse método exclusivo de evangelizar em Guarulhos, o Principado vem aos poucos ganhando espaço dentro da Igreja Católica, e até além dela, com uma faixa ecumênica gravada com MC Poucky, rapper evangélico.

No inicio, as apresentações eram em abertura de encontros, como Kizombas, eventos isolados na periferia de Guarulhos, e apresentações em escolas estaduais para um público seleto. Hoje, já participam de eventos de nível diocesano e estadual, além de ganharem dois prêmios em 2012 com seu projeto educacional, o Rimas Almejando Paz: 2º Festival Hip Hop Ensina e o conceituado Reviva Rap, vencendo a 2º Edição.

Levaram a Palavra de Deus e o nome de nossa Diocese para outras localidades. Os eventos de maior destaque foram: Assembléia Estadual da Pastoral Carcerária em Caçapava, abertura da tradicional Festa de São Jorge Padroeiro na Paróquia São Jorge (Diocese de Santo Amaro), quermesse da Santo Antonio da Vila Augusta da qual fazem parte e em Itaici, se apresentaram no Encontro de Avaliação da Campanha da Fraternidade 2013.
Principado não cobra cachês em seus eventos. O grupo se preocupa somente em evangelizar com seu Rap intelectualmente letrado e catequético, no que intitulam "Teologia do Gueto". Os contatos e as músicas podem ser baixadas gratuitamente em MP3 no site oficial do grupo: www.grupoprincipado.com, ou em sua Fan Page: facebook.com/Principado.Rap.Cristao.

domingo, 19 de maio de 2013

Avaliação Campanha da Fraternidade 2013



Neste final de semana 17,18 e 19 de maio realizamos a avaliação da Campanha da Fraternidade 2013, com o tema Juventude e Fraternidade, lema EIS-ME AQUI, ENVIA-ME. 
Muitos frutos apresentados, dificuldades encontradas, mas muitos outras ações precisam ainda acontecer.
Temos que continuar na valorização da juventude, valorizando seu protagonismo, engajando-nos em suas lutas e conquistas.
Para começar discuta com seus grupos, veja com os jovens do setor juventude o que pode fazer para que o ESTATUTO DA JUVENTUDE seja aprovado no Congresso Nacional (foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, porém com alterações provocando o retorno a Câmara). Outro assunto para nos empenharmos com os jovens é o tema da REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL, fazer uma discussão séria sobre as causas, as condições de trabalho, da educação, do emprego, pensar como cristãos o que estamos fazendo para que todos possam ter a dignidade de filhos de Deus. O setor juventude esta promovendo vários atos neste sentido, vamos juntos.
A CNBB já se posicionou contra a redução da maioridade penal.

Segue a integra do posicionamento para começarmos a discussão em nossos grupos.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou uma nota sobre a redução da maioridade penal, na quinta-feira, 16 de maio, durante coletiva de imprensa, que apresentou o balanço da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONESP). A CNBB “reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência”. Assim, a “Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”.
“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9)
Nota da CNBB sobre a redução da maioridade penal
O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais uma vez pela comoção provocada por crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade no combate à violência, na promoção da cultura da vida e da paz e no cuidado e proteção das novas gerações de nosso país.
A delinquência juvenil é, antes de tudo, um aviso de que o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal. Criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias, inconsequentes e desastrosas para a sociedade.
A campanha sistemática de vários meios de comunicação a favor da redução da maioridade penal violenta a imagem dos adolescentes esquecendo-se de que eles são também vítimas da realidade injusta em que vivem. Eles não são os principais responsáveis pelo aumento da violência que nos assusta a todos, especialmente pelos crimes de homicídio. De acordo com a ONG Conectas Direitos Humanos, a maioria dos adolescentes internados na Fundação Casa, em São Paulo, foi detida por roubo (44,1%) e tráfico de drogas (41,8%). Já o crime de latrocínio atinge 0,9% e o de homicídio, 0,6%. É, portanto, imoral querer induzir a sociedade a olhar para o adolescente como se fosse o principal responsável pela onda de violência no país.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao contrário do que se propaga injustamente, é exigente com o adolescente em conflito com a lei e não compactua com a impunidade. Ele reconhece a responsabilização do adolescente autor de ato infracional, mas acredita na sua recuperação, por isso propõe a aplicação das medidas socioeducativas que valorizam a pessoa e lhe favoreçam condições de autossuperação para retornar a sua vida normal na sociedade. À sociedade cabe exigir do Estado não só a efetiva implementação das medidas socioeducativas, mas também o investimento para uma educação de qualidade, além de políticas públicas que eliminem as desigualdades sociais. Junta-se a isto a necessidade de se combater corajosamente a praga das drogas e da complexa estrutura que a sustenta, causadora de inúmeras situações que levam os adolescentes à violência.
Adotada em 42 países de 54 pesquisados pela UNICEF, a maioridade penal aos 18 anos “decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos” (UNICEF). Reduzi-la seria “ignorar o contexto da cláusula pétrea constitucional – Constituição Federal, art. 228 –, além de confrontar a Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, as regras Mínimas de Beijing, as Diretrizes para Prevenção da Delinquência Juvenil, as Regras Mínimas para Proteção dos Menores Privados de Liberdade (Regras de Riad), o Pacto de San José da Costa Rica e o Estatuto da Criança e do Adolescente” (cf. Declaração da CNBB contra a redução da maioridade penal – 24.04.2009).
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília, nos dias 14 a 16 de maio, reafirma que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência. Ela é a negação da Doutrina da Proteção Integral que fundamenta o tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro. A Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano.
Não nos cansemos de combater a violência que é contrária ao Reino de Deus; ela “nunca está a serviço da humanidade, mas a desumaniza”, como nos recordava o papa Bento XVI (Angelus, 11 de março de 2012). Deus nos conceda a todos um coração materno que pulse com misericórdia e responsabilidade pela pessoa violentada em sua adolescência. Nossa Senhora Aparecida proteja nossos adolescentes e nos auxilie na defesa da família.
Brasília, 16 de maio de 2013


Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Assembleia das Pastorais Sociais

 Em 27 de abril de 2013 realizamos a Assembleia  das Pastorais Sociais da Diocese de Guarulhos em preparação da Assembleia Diocesana que acontecerá em setembro. Foi um momento muito importante e bonito, onde todas as pastorais sociais estavam reunidas. Várias propostas surgiram, podemos avaliar a caminhada e renovar as energias.
Retomamos as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2011-2015 e deixo uma citação do documento  o item 68 ...  o discípulo missionário não se cala diante da vida impedida de nascer seja por decisão individual, seja pela legalização e despenalização do aborto. Não se cala igualmente diante da vida ameaçada sem alimentação, casa, terra, trabalho, educação, saúde, lazer, liberdade, esperança e fé Torna-se, deste modo, alguém que sonha e se compromete com o mundo onde seja, efetivamente, reconhecido o direito a nascer, crescer, constituir família, seguir a vocação, crer e manifestar sua fé num mundo o perdão seja a regra; a reconciliação, meta de todos; a tolerância e respeito, condição de felicidade; a gratuidade, vitória sobre a ambição.  Penso ser este o sentimento que permeou a assembleia das pastorais sociais. 

Segue o resumo dos trabalhos realizados nos oito grupos. 
Vamos comentando neste espaço, conversando nas paróquias, nos grupos e motivando cada vez mais agentes a se integrarem as patorais. 

Assembleia das Pastorais Sociais – 27 de abril de 2013
Consolidação dos trabalhos (8)

1 – Onde e como estamos
Estamos em uma cidade com alta densidade demográfica, contrastes sociais: favelas, presídios, condomínios, hotéis, aeroporto, moradores em situação de rua, violência doméstica, criminalidade, alto índice de dependência química entre os jovens, tráfico de drogas. Cidade ainda em expansão com várias pessoas do entorno vindo morar na cidade. Uma cidade com varias rodovias e fácil acesso, gerando empregos e violência. Vivemos uma realidade difícil e complexa, uma sociedade onde os valores cristãos muitas vezes são relegados a um segundo plano. A educação escolar está fraca.
Na Igreja ainda há divisões pastorais, falta articulação e um trabalho melhor de pastoral de conjunto. Nas Pastorais Sociais falta mais interação e precisamos de mais agentes de pastoral comprometidos. Precisamos atuar mais na sociedade civil e nos Conselhos representativos. Estamos com dificuldades de despertar nas famílias acompanhadas pela promoção humana se desenvolverem através de cursos, busca de trabalho, cidadania e ascensão social.
Algumas paróquias estão estruturadas com as pastorais sociais: carcerária, idosos, operaria, saúde, criança, sobriedade, outras tem uma ou outra e faltam ações concretas além das internas, ir a campo, perceber as necessidades. Estamos tímidos, lentos, com trabalhos somente nas comunidades, desgastados, esvaziamento das pessoas nas pastorais. Enfrentamos problemas sem dialogo interno sobre os mesmos problemas para cruzar as necessidades que podem resultar em ações conjuntas e mudanças. 

2 – Onde precisamos estar?
Precisamos estar em todas as Paróquias da Diocese, integrando com, as outras Pastorais, sempre em busca dos excluídos, levando a Boa Nova de Jesus; em um grupo que participe das ações sociais e de políticas publicas presente nos conselhos gestores, conselhos de direito, fóruns sociais, conferencias, orçamento participativo, apoiar os que querem fazer o bem; participar melhor das ações públicas; retomar e participar do Conselho Diocesano de pastoral e do Conselho de Leigos (criar); ajudar a construir uma nova cultura de ver as coisas boas, valorizar os avanços e cobrar e mudar os atos e ações erradas; nas UBS, nos Conselhos, para poder cobrar ao poder público um melhor atendimento aos usuários. Se nossos agentes fossem mais comprometidos, nós conseguiríamos atingir um número maior de acompanhados; precisamos de mais espiritualidade dos agentes de pastorais para poder enfrentar esses desafios; precisamos estar em Espírito de doação, participativo e combativo legalmente; em lugares que sejam necessários para realização dos nossos trabalhos, com grandes desafios, mas com muita boa vontade, precisamos estar em todas as paróquias que ainda não existem alguns desses trabalhos das pastorais sociais (objetivos).

3 – Onde queremos chegar? Propostas.
Queremos chegar a uma conscientização de todos, para um trabalho em conjunto com todas as Pastorais, Propostas – Investir em conquistar e formar novas lideranças (Ex. Formação como a dinâmica Cristã, como a Pastoral da Criança e Idosa))
Divulgar melhor os trabalhos das pastorais sociais e da Igreja, isto ajuda a perceber a ação misericordiosa de Deus através da Igreja; Participar melhor dos Conselhos representativos da Cidade, inclusive preparando pessoas para estes conselhos; Participar nas ações públicas; Retomar o Conselho Diocesano de Pastoral; Organizar o Conselho de Leigos; Nas reuniões da coordenação das Pastorais Sociais trabalhar assuntos dos Conselhos e propor encaminhamentos dos assuntos;  atingir a todos e a todas, principalmente os jovens para desde já despertá-los para os problemas sociais, pois serão os sucessores dos que lutam hoje. Formar nas paróquias a pastoral fé e política e de acordo com o doc. 91 CNBB, formar pessoas para que possam cumprir seu papel social, interferir em todos os assuntos públicos. Propomos a Escola de Fé e Cidadania, com formação em diversos temas (orçamento, políticas públicas, etc), ou seja, instrumentalizar nossos agentes e a comunidade em geral com educação política, a mudança social requer pessoas informadas (conhecimento, ao poder do conhecimento); reestruturar a organização das pastorais sociais nas paróquias com reuniões mensais (metodologia já utilizada pela Pastoral da Criança), processo de escolha dos coordenados, verbas;
 Propor que as datas dos Conselhos participativos da cidade, fóruns e plenárias participativas sejam divulgadas na folha diocesana e paroquiais (proposta dada no plenário);
Criação de uma equipe de leigos e um vicariato liberado para cuidar deste campo social. (proposta dada no plenário).